9 psicólogas de Alphaville dão dicas para cuidar da saúde mental

Terapia regressiva, psicoterapia e muito mais. Reunimos aqui dicas de nove psicólogas que atendem em Alphaville e região para você cuidar da sua saúde mental
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Beatriz Bononi

EMDR para tratar transtornos

A psicologia vem se modernizando muito. Em minha experiência, percebi que algumas abordagens mais tradicionais como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a hipnose não agiam tão a fundo no paciente. A partir daí, passei a pesquisar métodos mais modernos e me deparei com o Eye Movement Desensitization and Reprocessing (EMDR). É uma abordagem criada nos Estados Unidos que se baseia em estímulos aos movimentos oculares para o tratamento de traumas, depressão, ansiedade, dentre outros. Atua com resultados excepcionais no reprocessamento das experiências negativas,  fazendo com que o paciente desbloqueie o trauma e o ressignifique. É uma terapia ainda nova e não muito difundida no Brasil, e ajuda você a redefinir o passado, viver melhor o presente e ver o futuro com mais otimismo.

Por que fazer psicoterapia?

São vários os motivos que levam as pessoas a fazerem psicoterapia. Alguns querem se conhecer melhor, outros buscam direcionamento para resolver alguma questão, mas, em geral, as pessoas procuram alívio para algum sofrimento. Ansiedade, tristeza, pânico, medo e escolhas confusas são questões tratadas e abordadas diariamente no meu consultório, e vejo que, cada vez mais, a psicoterapia se torna uma necessidade diante de tantas mudanças, competições, informações e lutas diárias. A psicoterapia pode trazer enormes benefícios, como aumento da autoestima, segurança nas decisões, desenvolvimento pessoal, autoconhecimento, autonomia, motivação, tolerância à frustração, superação de conflitos internos e de traumas e abusos. Ela também ajuda o paciente a compreender seus limites, ações e atitudes.

Vanessa Gebrim (CRP 06/54068-9)
Al. Grajaú, 98, sala 1108, Ed. Pravda, (11) 99733-2998, vanessagebrim.com.br

Adolescência: momento de conflitos e amadurecimento

Para o adolescente, entrar no mundo dos adultos significa a perda definitiva da sua condição de criança. As mudanças físicas, psicológicas e sociais que se produzem nesta etapa levam a uma nova relação com a família e com o mundo, acarretando em novas emoções, percepções e reflexões. Esta é uma fase do desenvolvimento humano particularmente complicada tanto para o adolescente como para os pais, que muitas vezes sentem dificuldade em compreender e lidar com as mudanças comportamentais e emocionais dos seus filhos. É um momento de contradições, em que eles procuram a sua própria identidade – inclusive sexual –, desenvolvem a autonomia e questionam as regras e limites impostos. Existe uma enorme instabilidade emocional e a vontade de crescer rápido se impõe.

Determinados comportamentos, como mudanças súbitas de personalidade ou humor, abuso de álcool e drogas, excesso de agressividade e hostilidade, dificuldades de concentração, de interação social e baixa autoestima sinalizam a necessidade de apoio psicoterapêutico. Os pais precisam estar atentos para reconhecer quando o filho (a) está manifestando algum padrão de comportamento ou apresentando algum distúrbio físico ou emocional diferente do usual, a ponto de prejudicar sua qualidade de vida, visto que, muitas vezes o adolescente pode até sentir a necessidade de buscar ajuda, mas não sabe como pedir e onde procurar.

A prevenção de uma adolescência difícil e o apoio quando já se encontra em crise deve ser feito por um profissional de saúde adequado e especializado, que vai auxiliar o jovem a se adaptar em suas necessidades ou modifica-las, sem entrar em conflitos graves consigo mesmo, com seu ambiente, família e com a sociedade. O objetivo principal na psicoterapia é estimular a expressão e externalização dos conflitos, medos e receios para que estes possam ser trabalhados e elaborados.

A psicoterapia visa também assessorar o seio familiar e possibilitar que se estabeleça uma comunicação saudável, criando-se um entendimento genuíno e a aceitação do processo de mudança. Com esse apoio, o jovem terá mais segurança para tomadas de decisão, obterá melhores resultados nas suas investidas, sofrerá menos frustrações e passará pela transição à vida adulta com muito mais equilíbrio, desenvolvendo sua identidade e usando a liberdade com responsabilidade.

Evelyn Reichenbach (CRP 06/85201)
Al. Araguaia, 2044, CEA 1, cj 712, (11) 99981-1671 | [email protected]

Terapia regressiva

Você sabe o que é terapia regressiva? Durante uma sessão, o paciente é colocado em um estado alterado de consciência para que suas antigas memórias sejam acessadas com o objetivo de encontrar a causa dos conflitos pessoais que lhe trazem problemas. O corpo, a mente e o espírito caminham juntos em busca de autoconhecimento e equilíbrio emocional para que o paciente atinja seu verdadeiro propósito. O manejo correto e responsável desta terapia, somados ao carinho e respeito a cada paciente, ajuda a solucionar diferentes questões, como dificuldades de relacionamento interpessoal afetivo e sexual, transtornos ansiosos, fóbicos, pânico, transtornos do humor, alimentares, depressões, entre outros. Atuando há 13 anos em Alphaville, atendo adolescentes, adultos e casais e tenho com uma vasta base de conhecimento psicanalítico para obter um diagnóstico claro e explicativo. Além disso, durante todo o processo, tudo é compartilhado com o paciente com o objetivo de conscientizá-lo sobre suas dificuldades, comportamentos e sintomas.

Helena Mesquita – CRP 06/121044
Av. dos Parques, 45, sala 210, Ed. Link Office, (11) 98571-1894

Cuidar da família dá trabalho, mas vale a pena

Marido, esposa, filhos, emprego, casa, metas, conquistas. Tudo junto e ao mesmo tempo. Quando uma dessas coisa sai errado, fora do esquadro, acaba contagiando as outras. Aí gritamos “manhê, paiê, irmão”, e a família vem cheia de força, coragem, e vai limpando o caminho. Resolve – ou pelo menos tenta. Como é bom ter mãe, pai, irmãos, meios-irmãos, bodrastas e padrastos. A família dá força, colo e nos faz sentir resguardados por ela. Tem horas em que é muito bom ter para onde correr, mas, acreditem, todas – umas mais, outras menos – têm arestas ou estão disfuncionais. Precisamos estar atentos: quando o farol amarelo acender e estiver indo para o vermelho, é hora de criar novas possibilidades, reorganizar velhos hábitos, mudar a rota e transformar o comum. Assim o farol verde volta a aparecer com muita força.

Pais, olhem, sintam e ouçam seus filhos. Depois, respondam ao que ouviram, e não aquilo que vocês querem. É no diálogo, na troca de palavras e pensamentos que invertemos papéis. Só assim crescemos e ajudamos a resolver grandes e pequenos problemas. Tem hora em que não se precisa falar nada – só ouvir e estar ali já é o bastante. Para cuidar e estar em família, precisa existir um casal. Aliança de dois, um a um, autoridade compartilhada. Que se gostem, se amem e queiram estar juntos, mesmo depois de tanto tempo. Não é fácil casar: matar um leão por dia e ainda ter fôlego é pra quem realmente quer. Mulher, procure o que deseja. Que se cuide, se valorize, seja “fêmea”, seja “macho”, seja feminina de calças. Que se reconheça no caos e encontre os pingos dos “is”. Homens fortes que tenham lágrimas, que descubram suas tarefas dentro de casa. Ao lado de uma mãe, que precisa de um marido, e de filhos, que precisam de pais. E como vocês são bons quando exercem esse papel – não tem igual. Provedores deverão ser ambos ou não, como conseguirem na organização familiar. Realização, bem-estar e respeito à individualidade do outro tem que fazer parte de cada cônjuge. Ser e estar em família é uma arte construída todos os dias com muito sacrifício e muita luta. Mas vale a pena, acreditem!

Maroli Bonoldi (CRP 06/19169) 
Al. Rio Negro, 911, cj 603 | R. Traipú, 922, Pacaembu
(11) 4688-0963, (11) 99295-0082 | [email protected]

Os problemas psíquicos estão aumentando?

Ultimamente o que tem nos chamado cada vez mais a atenção é o aumento das várias formas de sofrimento psíquico na população como um todo, tanto no Brasil como no mundo, sobretudo nos grandes centros urbanos. Sendo assim, nós, profissionais que lidamos com a psique humana, temos observado e questionado esse crescente número de casos de ansiedade, depressão e pânico. E ainda, outras formas de mal estar psíquico como o vazio, a violência, o estresse pós trauma e o suicídio, tem também nos incentivado no aprofundamento de estudos para uma compreensão mais acurada de
todos estes transtornos.

Sigo a linha de orientação psicanalítica, por acreditar que esta forma de abordagem alcança aspectos mais amplos e profundos do ser humano, desde a mais tenra infância até a fase adulta, tendo estudado, é claro, a especificidade de cada etapa evolutiva. Pela minha experiência adquirida durante o meu percurso profissional especializada em atendimento infantil (Instituto Sedes Sapientiae) adolescentes (Mestrado USP), entre várias outras especializações, posso afirmar que as últimas três décadas trouxeram mudanças significativas em todos os aspectos, nas relações familiares, no ensino, no mercado de trabalho, repercutindo na sociedade como um todo.

O tema do meu doutorado trata do estudo da influência do modo de vida contemporâneo no cotidiano, como parte da pesquisa sobre o transtorno de pânico (USP). Levando em consideração que as características desse período atual, também chamado de pós-moderno, que resumidamente destacam-se pelo individualismo, obsolescência, aparência e sucesso a qualquer custo, proporcionam sofrimentos que vão muito além de um sintoma. Ou seja, uma vez que há que se lidar com o desconhecido e a incerteza o tempo todo, precisamos criar permanentemente mecanismos de adaptação, reinvenção e inovação. Não é uma tarefa simples! Embora a terapia psicanalítica tenha se atualizado também, no sentido de sua frequência e duração, ainda assim consegue fornecer bases sólidas para o autoconhecimento levando a um melhor equilíbrio psíquico.

Mariana Minerbo (CRP 16542/06) 
Calçada das Papoulas, 61, Centro Comercial Alphaville, (11) 4195-1888

A psicoterapia funciona?

Boa pergunta! Muita gente acha que não, mas a psicoterapia funciona sim. Trata-se de um processo individual ou familiar que traz grandes efeitos na vida social, além de diferentes benefícios para o paciente a médio e longo prazo. Nos tempos atuais, o preconceito que havia sobre psicologia venceu a dor. Percebo isto em cada paciente que consegue a reintegração social ou profissional, pois eles conseguem reconhecer suas potencialidades e seu momento de vida. Trabalho como psicoterapeuta na região de Alphaville há 22 anos e atendo pessoas de todas as idades, seguindo as orientações do psicanalista D.Winnicott. Testemunhei famílias e indivíduos encontrando não só o equilíbrio emocional, mas reconhecendo a autonomia vital como forma de ser e existir.

É importante ressaltar que a psicologia não atua sozinha e sim em parceria com profissionais das áreas de saúde e educação. Ela consegue ao mesmo tempo resgatar o processo natural do desenvolvimento cognitivo, social e emocional necessário para atingir o que chamamos informalmente de contentamento pela vida. Em pesquisas atuais incluímos também neste processo atividades físicas e meditativas como caminho de cura. No meu espaço, eu trabalho como psicóloga e minha filha com yoga e meditação. Além disso, sou psisoterapeuta, supervisora e tenho atualmente dois grupos mensais muito singulares: Café e Winnicott, aberto a todos os profissionais das áreas de saúde e educação, e outro grupo que pelo nome já diz tudo, “Mamãe quer colo”, que acolhe mães e bebês ou só mães de filhos de todas as idades.

Liana Velazquez (CRP 56255/1)
(11) 99224-3668, [email protected]

A importância do processo de alfabetização

Durante minhas experiências em atendimentos clínicos – com várias faixas etárias, diferentes complexidades e graus –, sempre me chamou a atenção o déficit de aprendizado que alguns dos meus pacientes apresentavam. Naturalmente, isso foi me levando a estudar e a me aprofundar ainda mais sobre o processo de alfabetização. Sabemos que aprender a escrever requer habilidades e capacidades diferentes daquelas utilizadas para aprender a linguagem oral. Falar é algo natural ao ser humano. Entretanto, não há nada de fácil no processo de alfabetização. O cérebro humano não foi feito para ler. Isso é uma adaptação humana ao desenvolvimento social e tecnológico promovido pela constituição de sociedades mais elaboradas.

Mas, se todos os membros da espécie humana possuem a capacidade de plasticidade – que permite ao cérebro se adaptar a novos estímulos –, por que algumas pessoas não aprendem a ler e escrever? Estudar o processo de alfabetização e compreender os mecanismos que são utilizados se torna indispensável para ciência. Isso porque, compreendendo tais mecanismos, será possível desenvolver estratégias que se adaptem melhor às necessidades do aprendiz. Uma criança que aprende a ler e escrever traz benefícios a si mesma e a sociedade. Porém, é mais do que comum que elas, na fase de aprendizado, tenham dificuldades. Os pais, professores e cuidadores podem ajudar os pequenos ficando bem atentos. Eles podem apresentar alteração no comportamento, na sua seguridade, inadequação ao meio, inferioridade e angústia. Tudo isso pode gerar um sofrimento psíquico à criança, por isso, é importante que ela tenha o acompanhamento de um profissional especialista.

Noiza Tozzato (CRP 06/119258)
Al. Grajaú 98, sl 205, Ed. Pravda, (11) 2970-1970, Whatsapp: (11) 95795-8895 | [email protected]

Estimulando mudanças por meio da psicologia

Promover autonomia, despertar a consciência em relação a responsabilidades, escolhas e estimular mudanças. É este o trabalho que realizo em meus pacientes, utilizando como base a abordagem sistêmica, em que busca compreender o indivíduo em diferentes contextos. Utilizo estes princípios também com casais e famílias. Além disso, promovo cursos e supervisão na área para profissionais que têm interesse em conhecer mais esta abordagem. Comecei a fazer esse trabalho em Alphaville em 2017 e este ano vamos abrir novas turmas. Minha outra frente de atuação é o coach vocacional, que é direcionado para jovens antes de escolher uma profissão e também para adultos que querem trocar de carreira, auxilio na orientação educacional e ajudo pacientes com dificuldade no processo de aprendizagem.

Edna Sampaio Priolli (CRP SP/06/118131)
Calç. das Orquídeas, 254, sala 3, (11) 4191-2475

É hora de olhar para a saúde mental das nossas crianças

Não perguntem quais motivos levaram dois jovens a cometerem o massacre contra seus colegas e a si próprios na escola de Suzano. Compreender as razões não é importante neste momento. A pergunta é: o que pode levar a condutas tão destrutivas como essa? O comportamento é, necessariamente, a consequência de pensamentos. Para compreendê-los, temos que buscar sua fonte geradora, a mente humana. E mentes doentes geram atitudes inadequadas e doentias.

Hoje em dia, dedica-se mais atenção à saúde bucal do que a mental. Por que a cor dos dentes da criança é mais importante que sua psique? Para cuidar da saúde mental dos nossos filhos e alunos é fundamental estar atento a todos os seus comportamentos. Toda e qualquer ação que destoa da normalidade é um pedido de socorro e precisa ser cuidadosamente considerada. É responsabilidade dos pais e da escola estar vigilantes. Negligenciar esses alertas fundamentais podem levar desde pequenos comportamentos destrutivos até aos mais graves, como o caso de Suzano.

A punição, normalmente, é a primeira resposta frente a um comportamento inadequado e quase sempre leva a consequências imprevisíveis. Cria-se a falsa ilusão de estar educando, mas, na verdade, pode estar se descuidando de algo importante, que leva a outros comportamentos mais contundentes como um pedido de socorro. Existem várias formas técnicas e específicas para lidar com comportamentos inadequados. Para isso, é muito importante que os pais e as escolas busquem o auxílio de um profissional especializado como forma de apoio neste desafio que é educar amorosamente.

Jussara Mendes (CRP 144487 SP)
Al. Mamoré, 535, cj 710, Ed. Personal, (11) 99942-1366

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