Wilson Medeiros: "Redação corporativa alavanca negócios?"
Escrever é preciso. A comunicação está cada vez mais rápida e intensa. Saber escrever de maneira objetiva e eficaz se tornou uma habilidade essencial no mundo corporativo.
Se antes já haviam memorandos, relatórios e e-mails, atualmente, as redes sociais, as mil e uma mensagens e os eventuais artigos exigem que o recado seja curto, prático e consistente. O approach adequado, seja de cunho comercial ou pessoal, não só abre portas de relacionamentos como também contribui para fechar negócios extraordinários.
A ideia de que a redação corporativa é uma ferramenta de sucesso é endossada pelos autores do livro “A Escrita dos Líderes”, Kenneth Roman e Joel Raphaelson, (ex-agência Ogilvy & Mather Worldwide). Recomendo a leitura, que inclui técnicas e exemplos atuais do universo de correspondências eletrônicas, destacando recursos que podem fazer a diferença em sua atuação profissional.
O filósofo Confúcio já nos alertava: “Se a linguagem não estiver correta, o que é dito não é o que se queria dizer. Se o que é dito não é o que se queria dizer, então, o que deveria ser feito continua sem ser feito”.
Ainda que muitos saibam se expressar verbalmente de forma clara e correta, nem sempre conseguem o mesmo efeito ao passar as ideias para o papel. A redação empresarial precisa ser compreendida em uma primeira leitura, com a pontuação no lugar certo, sem erros ortográficos, erros de digitação (cuidado com o teclado do celular!) ou falta de coerência.
Esses textos, em geral, são lidos por mais de uma pessoa. O ideal é que todos possam entendê-los. Quando a redação é confusa, pode ser mal interpretada, atropelando relações e comprometendo os negócios. Pode até levar a crer que quem a redigiu tenha dificuldade em outros aspectos profissionais, como dificuldade de comunicação ou de relacionamento.
Em contrapartida, quando ocorre o contrário, bingo! Pontos para o profissional, que ganha ainda mais credibilidade. Até porque, na relação corporativa ou empresarial, mais do que o que foi falado, prevalece o que está escrito, para concretizar o fechamento de um negócio, contrato ou parceria.
Exemplos não faltam de textos recebidos ou emitidos que, lidos com um olhar crítico, faria com que não comprássemos aquele produto ou serviço. A desatenção é tanta que, muitas vezes, o “assunto” não diz nada ou sequer conversa com o conteúdo do texto. Se falarmos em trapalhadas, a lista de mal entendidos não acaba!
Portanto, sugiro que busquemos sintetizar o tema ao máximo. Claro, isso requer treino e formação, para que o essencial seja transmitido de forma ágil e coesa. Vale lembrar do boom de cursos de redação e escrita, que comprovam a demanda por bons textos. E também o universo dos ghost writers, os profissionais que auxiliam os executivos a escrever de pequenos textos a grandes livros.
Minha mensagem é que você faça da sua comunicação escrita um diferencial, não apenas para alavancar negócios, mas também a sua carreira.
Se a recomendação “pense bem no que vai falar” continua atual, vale acrescentar o lema “elabore bem o que vai escrever”.
Escrever também é vender. Boa sorte e boas vendas!