Carlos Julio: "Anitta: dos palcos para a sala de reuniões!"
O mundo corporativo ficou perplexo e se perguntou: Anitta no Conselho de Administração do Nubank? Só pode ser uma jogada de marketing.
Poucos ainda conseguem entender que um conselho de administração, ainda que com sua missão indelegável de ser parte da administração da empresa, inclusive respondendo legalmente por suas ações, possa e até deva ir além dos números, avançando sobre a diversidade, entendimento dos seus clientes e auscultando o mercado para inovar sempre.
Há sim uma vertente importante no mundo dos negócios voltados para o aclamado ESG – sigla que corresponde, do inglês, para Environmental, social and corporate governance, onde diversidade e inclusão são pilares básicos.
Os maiores fundos de investimentos do mundo todo parecem ter adotado esse tripé como um dos balizadores na seleção das empresas onde vão investir.
Nesse sentido, trazer ao conselho de um banco – da chamada Nova Economia –, alguém que dela surge como ícone e ainda mulher jovem, empreendedora e com milhões de seguidores, pode sim ser um acerto.
O fato não é novo. Bernardinho, o supra campeão do vôlei, já havia sido contratado para o Comitê de Gestão de Pessoas da Arezzo. Nos Estados Unidos, a consagrada Oprah Winfrey já participa de alguns boards há tempos.
Talvez o caminho adotado pela Arezzo seja o mais palatável e seguro, ao invés de colocar celebridades diretamente em seu conselho, alocam-os em seus comitês, como passo intermediário à sala maior do seu board.
De qualquer maneira, são novos tempos no mundo corporativo, na gestão e na maneira de se olhar clientes, produtos e serviços. E, se além disso, houver uma boa percepção ao publico em geral, que seja marketing também.