Como Alphaville usa o plano de saúde?

A busca pelo sistema privado de saúde aumentou no Brasil e, em Alphaville, não foi diferente. De acordo com uma pesquisa feita pela VERO, quase 100% dos moradores contam com plano de saúde
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Saúde: quantas vezes você pediu por isso em 2020, para você e sua família? Com a pandemia, essa preocupação foi mais verdadeira e real do que nunca. Estar saudável e protegido, ter suporte médico, além de uma boa infraestrutura para utilizar no momento necessário, tornou-se prioridade para mais pessoas. E isso foi refletido em números. De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), houve um aumento da procura pelo serviço em 2020, revertendo uma tendência de queda que já durava seis anos. Entraram no sistema privado 560  mil novos usuários, chegando a um total de 47,6 milhões de pessoas asseguradas, cerca de um quarto da população brasileira.

Na região, a tendência segue a mesma. Em uma pesquisa feita pela VERO, em fevereiro, com cerca de 250 moradores, quase 100% dos respondentes afirmaram ter plano de saúde, e 82,33% disseram utilizar os serviços com uma certa frequência.

Segundo Luiz Fernando, sócio do Planos de Saúde Premium, consultoria de Alphaville que tem foco na redução de custos, a procura na região está altíssima. “É claro que a crise reduziu o poder aquisitivo de muitos. E o plano de saúde tem um peso relevante nos orçamentos das famílias, e representa um dos maiores custos nas empresas. Mas como é prioridade, no ano de 2020, tivemos um crescimento de 40% de novos clientes em comparação ao ano de 2019” conta ele.

O que os vizinhos mais procuram?

Um plano de saúde completo. É o que dizem 88,41% dos respondentes da pesquisa da VERO. E Luiz Fernando confirma: “Na maioria das vezes o público de Alphaville busca um plano que tenha uma cobertura completa nesta região, com boas opções de especialistas, laboratórios e atendimento de pronto socorro de qualidade”, explica. Já em relação às áreas médicas, os moradores procuram mais por ginecologia e obstetrícia (51,46%), clínica médica (51,94%) e dermatologia (35,44%).

Uma tendência no mundo, que foi bem aderida na região – por cerca de 32,06% dos respondentes da pesquisa – é o sistema de coparticipação, que nada mais é do que a participação dos beneficiários nos custos dos serviços utilizados. Ou seja, a mensalidade é bem mais baixa, pois reduz o custo da operadora, porém você  paga uma porcentagem de cada atendimento. Outra exigência é o reembolso – que permite que o usuário escolha livremente, dentro dos limites estabelecidos, com qual especialista se consultar, independentemente do profissional fazer parte da rede credenciada.

Contar com hospitais e prontos socorros de qualidade também é um requisito importante na escolha do plano. Em Alphaville, há somente dois: a Amil e o Hospital Israelita Albert Einstein – sendo que este último atende apenas os planos executivos. Isso faz com que muitos moradores precisem se deslocar para São Paulo ou para outros bairros e cidades da região. Mas o cenário pode mudar em breve, já que a VERO levantou a informação de que uma unidade do Hospital Nove de Julho deve chegar por aqui.

Telemedicina

Não fica de fora da lista de desejos dos moradores o serviço de telemedicina, requisito em alta neste momento.

De acordo com o Dr. Donizetti Giamberardino, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, a modalidade veio para servir como um complemento. “Se essa tecnologia for utilizada com boas práticas, ela vai sim racionalizar recursos e fazer com que pessoas não precisem se deslocar para consultas de acompanhamento, por exemplo”, conta. Mas, ele ressalta: “a telemedicina está funcionando em caráter excepcional, mas não está ainda estruturada como deveria ser em relação à segurança de dados. Devemos ter uma resolução sobre isso ao longo deste ano”, conclui.

Planos digitais

Aqui, entra também a praticidade de fazer um agendamento, visualizar um exame ou até mesmo passar por uma consulta apenas com alguns cliques na palma da mão. A tecnologia veio como uma das maiores aliadas do mercado da saúde, e cada vez mais pessoas têm priorizado essa experiência.

Grandes operadoras estão lançando soluções voltadas para esse público, mas também novos planos digitais estão nascendo já com esse objetivo. É o caso da Alice, uma startup de São Paulo que oferece um plano de saúde individual diferente. O usuário consegue fazer uma simulação e toda a contratação diretamente no aplicativo, e depois tem acesso a laboratórios, hospitais e a um time de especialistas (que serão sempre os mesmos), que promete acompanhar o cliente pelo app ou pessoalmente. Além da Alice, há outras empresas nesse modelo, como a QSaúde e a Sami (empresarial), mas todas funcionam, neste momento, apenas no município de São Paulo.

Para Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, a entrada de novas operadoras, independentemente da forma em que ela trabalha, é sempre importante para dinamizar o mercado. “Modelos como esses, arraigados em médicos de família, vem sendo utilizado com visível sucesso”, conta.

Outra opcão, que já está  presente em todos os estados, é a Docway, voltada para empresas que querem oferecer aos seus colaboradores atendimento via áudio, vídeo e até mesmo à domicílio. No aplicativo, só tem acesso quem é cadastrado por uma empresa parceira.

E quem não tem plano de saúde?

Apesar de poucos vizinhos (4,31% – pesquisa VERO) terem afirmado não contar com plano de saúde, 23% responderam que utilizam algum serviço público da região. A Unidade Básica de Saúde (UBS), localizada na região do Burle Marx, em Santana de Parnaíba, foi apontada como a mais utilizada entre os moradores, principalmente, para vacinas.

Na região, também vale destacar o aplicativo Saúde Barueri, que dá acesso aos serviços públicos disponíveis na cidade. O morador pode fazer agendamentos, cadastramento de familiares, acompanhamento do histórico de consultas e de vacinas aplicadas, além da possibilidade de realizar sugestões e avaliações do atendimento.

De acordo com a prefeitura, diversos serviços passaram a ser oferecidos de forma digital por conta da pandemia, como atendimento psicológico via telefone ou vídeo, consultas das UBSs à distância, e a criação do Coronafone, um WhatsApp que responde os principais questionamentos sobre a Covid-19 no município.

Além disso, os moradores da região podem contar com dois hospitais públicos, o Municipal de Barueri Dr. Francisco Moran e o Santa Ana, seis prontos socorros, 32 UBSs, além de farmácias, centros de especialidade, diagnóstico, fisioterapia e de atenção psicossocial.

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