Fábio Correa Leite: "Não faça apenas o básico"

O presidente da DuPont Brasil, sediada em Alphaville desde 1981, responde algumas perguntas com exclusividade para a VERO
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Em uma entrevista, você afirmou que hoje as pessoas precisam muito de um porquê para permanecer na empresa. Qual é o seu porquê?

Vou trabalhar todos os dias sabendo que a empresa em que trabalho se preocupa com meu bem-estar, vou ser respeitado, não há tolerância para desvios de ética e as soluções que oferecemos aos nossos clientes buscam um futuro mais sustentável. Explicava para meu filho de 7 anos, há alguns meses, que aquele piloto de Fórmula 1 que saiu do carro pegando fogo sobreviveu porque usava um dos produtos que fornecemos. Esse é o meu porquê.

Você entrou em 2003 na Dupont, como estagiário. Quais eram os seus objetivos na época?

Eu queria me tornar um engenheiro que pudesse construir coisas. Buscava a satisfação de olhar para uma realização e ver minha contribuição ali, assim como um engenheiro civil vê uma ponte que construiu, ou um arquiteto, uma casa, e se sente orgulhoso. Queria ter essa sensação.

Um conselho para quem quer avançar na carreira?

A curiosidade sempre abre oportunidades de aprender diferentes coisas e conhecer pessoas novas. Acho também importante ser reconhecido pela capacidade de contribuir além do que lhe é pedido. Fazer apenas o básico certamente dificulta o avanço na carreira.

Na sua opinião, o que evoluiu nas carreiras e nas empresas?

Até 2020, antes da pandemia, eu responderia que a expectativa das pessoas que entravam nas empresas era de um crescimento acelerado, mesmo que isso significasse grande sacrifício ao tempo pessoal e familiar. Hoje vejo as pessoas mais conscientes e preocupadas em ter um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal. Acho que as empresas, hoje, para engajar seus profissionais, têm mais elementos que não sejam incentivos exclusivamente financeiros.

Que livro está lendo?

Tenho como hobby tocar guitarra, então, estou lendo “O Contador de Histórias”, do David Grohl. É a autobiografia do ex-baterista do Nirvana e hoje líder da banda Foo Fighters, um músico de talento extraordinário que teve muitos momentos de superação até tornar-se uma lenda do rock.

Quais são os projetos futuros da Dupont?

A DuPont passou por grande transformação no seu portfólio de negócios para chegar a um mix alinhado aos objetivos de sustentabilidade da companhia. Como crescimento das indústrias da economia verde, por exemplo, eletrificação da frota, hidrogênio verde, embalagens sustentáveis, novas tecnologias de saneamento, vemos grande oportunidade de ser parceiros valiosos nessas indústrias. As duas maiores montadoras de veículos elétricos do mundo anunciaram investimentos na América Latina, incluindo Brasil, e esperamos poder contribuir também nessa cadeia de fornecimento, por exemplo.

Por que Alphaville?

A DuPont foi uma das primeiras empresas de grande porte a se instalar no bairro, em1981. Recentemente tivemos a chance de nos mudar e decidimos permanecer em Alphaville, devido à localização próxima a importantes rodovias e acesso fácil ao interior do estado, além do ambiente favorável de negócio e da competitividade dos espaços corporativos. Pessoalmente, posso dizer que a qualidade de vida pesou bastante; já faz dez anos que me mudei pra cá.

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