Levantamento da VERO revela o perfil do morador de Alphaville
Cento e vinte mil. De acordo com as estimativas atualizadas da Associação Residencial e Empresarial de Alphaville (AREA) esse é hoje o número de moradores concentrados nos bairros de Alphaville, Tamboré e Aldeia da Serra. Falando assim, não parece muito. Mas se considerarmos que em 2010, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , éramos 17.305, o aumento é gritante: quase 600% em uma década. Não daria para reunir todo mundo aqui, mas encontramos uma forma de representá-los: fizemos um levantamento com mais de 860 moradores daqui e também convidamos alguns vizinhos para mostrarem sua cara e contarem um pouco sobre quem são e as coisas que fazem por aqui.
Durante o mês de agosto, a VERO fez uma pesquisa de amostragem no Survey Monkey para entender – um pouco – quem são os atuais moradores do bairro. Foram 866 respostas.
Antes disso, vale contextualizar um pouquinho. Para se ter uma ideia, 50% dos respondentes da pesquisa vivem aqui há menos de 10 anos. A explicação para tantos vizinhos novos: “Vivemos atualmente uma alta tecnológica na região. Isto é, muitas empresas do segmento estão vindo para cá. E junto com isso, novos empresários e trabalhadores que trazem consigo suas famílias. A expectativa dos investidores é que entre Barueri e Osasco nasça uma espécie de Vale do Silício”, relata o sociólogo Rafael Rodrigues da Costa, que também é pesquisador na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
O aumento na população também é resultado da segurança que nossa comunidade oferece. “Alphaville é o primeiro experimento no Brasil de uma ‘microcidade’ planejada. É o que chamamos de enclave fortificado, ou seja, uma espécie de fortaleza, onde o morador se sente seguro – rodeado de câmeras, condomínios e até uma administração própria. É uma cidade dentro da cidade”, explica ele.
Mas uma coisa é certa: mesmo com esse crescimento considerável, Alphaville segue sendo sinônimo de família. E como muitas delas estão aqui há muito tempo, a proximidade da vizinhança também continua. Aqui é comum as pessoas se cruzarem em lugares como supermercado, farmácia, restaurantes e até no médico. “Encontrar as ‘mesmas pessoas’ é confortante e traz uma sensação de pertencimento. É como se todos os lugares da região fossem a extensão da própria casa”, completa a antropóloga e docente da FESPSP Stella Christina Schrijnemaekers.